domingo, 30 de novembro de 2008

Sons

Sons "Contagiantes"
Adriana Alves

Sabia que as músicas têm efeito sob nosso estado emocional, nossa motivação? Pois é! Eu supunha... Pesquisei e li comprovações científicas de que os ritmos e sons podem alterar as batidas do nosso coração, nosso fluxo sanguíneo e conseqüentemente nosso estado de ânimo.
As leis naturais que governam a química de nossos corpos e mente têm sido estudadas com experimentos científicos medindo o efeito da música e o estímulo nas respostas fisiológicas da nossa pulsação e resistência elétrica da pele.
Hitler quis acabar com as influências da música negra (Jazz), estabelecendo normas para determinar o que constituía a música ideal para o povo alemão. Interessante é que exatamente após sua queda surgiu o Rock and Roll com ritmos mais pesados que as batidas do Jazz... E também com um caráter mais agressivo.
Ondas Sonoras e o Cérebro
Enquanto ouvimos uma música, suas ondas sonoras (vibrações) alcançam o tímpano do ouvido transformando-se em substâncias químicas e impulsos nervosos que registram em nossas mentes os diferentes tipos de som que estamos ouvindo. Como as raízes dos nervos do ouvido são extensamente distribuídas e possuem mais ligações que qualquer outro em nosso cérebro, nos nossos corpos, todas as funções de nosso organismo são influenciadas.
Elevando-se através do tálamo - área estacionária que rege todas as emoções, sensações e sentimentos - a área mestra do cérebro (razão) é automaticamente invadida. Estudos têm revelado que o impacto da música no sistema nervoso altera as batidas do coração, respiração, pressão sanguínea, digestão, balanço hormonal, temperamentos, atitudes além de liberar adrenalina. As reações podem variar em cada indivíduo, mas o resultado é sempre único.
Ritmo Musical e Ritmo Corporal
Van de Wall no seu livro "Music in Hospitals" explica que as vibrações sonoras causam contrações e colocam em movimento braços, mãos, pernas e pés automaticamente. Em testes com com determinados pacientes houveram movimentos involuntários, sendo necessária a retenção muscular consciente do paciente.
Somos essencialmente criaturas rítmicas. Tudo, desde o ciclo das ondas do nosso cérebro às batidas do coração, nosso ciclo digestivo, ciclo do sono... Tudo trabalha com ritmos.Todo ser humano funciona de acordo com o ritmo do tempo. Existem até alguns outros estudos indicando que pessoas parecem funcionar melhor quando se associam com pessoas que têm ritmo ("tempo") semelhante. Realmente, se observarmos, podemos perceber certo incômodo quando lidamos com pessoas aceleradas ou muito vagarosas, se comparadas ao nosso "ritmo".
Nossos processos não são acidentais. Todos os nossos ciclos essenciais cooperam harmoniosamente com todas as outras funções do corpo.
Quando somos expostos a determinados ritmos as células de nosso cérebro alteram nossos hormônios sexuais e a nossa adrenalina. Alguns exemplos? As músicas Indianas, o Samba, o Rock and Roll...Claro que nem percebemos estas alterações, e até pensamos que são coisas da nossa personalidade... Desejos muito nossos... Aliás, a indústria fonográfica trabalha e desenvolve algumas mensagens abaixo dos 10 decibéis (que não podemos compreender com a consciência) com mensagens específicas. A música pop rock que nos dá a sensação de liberdade, sensação de descompromisso, "imortalidade"... E as suas batidas se assemelham com as do nosso corpo...
Por isso, pense bem antes de se colocar ao alcance destes sons!

terça-feira, 18 de novembro de 2008

A Voz infantil

A VOZ INFANTIL
Beth Amin


Voz falada e voz cantada são mecanismos distintos. A voz cantada é um mecanismo muito mais sofisticado sob o ponto de vista neurofisiológico. O seu treino é primordial para o canto saudável. Trabalhar com vozes infantis é um desafio e merece por parte do regente e/ou professor de canto, atenção especial. A laringe infantil NÃO É MINIATURA da laringe do adulto, e, portanto não está apta às mesmas tarefas. No bebê, a laringe é um órgão primordialmente relacionado à proteção das vias áreas. É um órgão extremamente efetivo para a proteção e muito pobre para a fonação. Neste período a criança ainda está aprendendo a lidar com a deglutição e a respiração. Com o tempo, desenvolverá a complexidade neuro-funcional necessária para a fonação.

Principais diferenças da laringe da criança, se comparada à do adulto:
1. Morfológicas: as cartilagens são mais próximas, a cartilagem tireóidea é mais arredondada, a epiglote é em forma de ômega, a dimensão anterior da laringe á mais curta e as pregas vocais são menores.
2. Histológicas: as cartilagens são mais maleáveis e flexíveis, a mucosa das pregas vocais não é diferenciada em camadas, com as do adulto, a porção membranosa é menor (porção fonatória igual à porção cartilagínea), fibras musculares ainda em desenvolvimento.
3. Topográficas: no recém nascido situa-se na altura da 3° vértebra cervical, descendo na infância até o equivalente à 5º ou 6º vértebra cervical.
É uma laringe mais frágil. Apesar da grande capacidade de recuperação, a laringe infantil não pode sofrer traumas freqüentes que venham a prejudicar seu desenvolvimento e conseqüentemente comprometer a longevidade vocal desta criança.
O choro do bebê é uma importante fonte do desenvolvimento da voz falada e da voz cantada. A espécie humana é a única que emite som ao nascer. Até a puberdade, a laringe estará se desenvolvendo, com fases de desenvolvimento e fases de descanso. O ensino o canto deve respeitar as limitações do desenvolvimento vocal. Na criança, a voz de peito pode ser usada com muita cautela, dando-se preferência ao uso da voz de cabeça. O trabalho com a respiração também deve ser gradual, sem grandes exigências de duração ou de força. Durante a puberdade as crianças sofrem uma grande transformação hormonal e a laringe se transforma mais drasticamente nos meninos. As pregas vocais dos meninos podem aumentar em até um centímetro e a freqüência fundamental (F0) baixar em até uma oitava. Este é um período de grande instabilidade e a resistência vocal nesta fase é bem frágil. Deve-se ter cautela com estes jovens adolescentes e um cuidado individual nesta fase, é indispensável.
Os problemas vocais na infância estão relacionados:
1. Às alergias em geral: rinites, bronquites, asmas, etc, que podem causar falta de sono, irritabilidade, problemas alimentares,
2. Aos abusos vocais: crianças muito ativas, que falam alto e gritam demais, devem ser observadas de perto e encaminhadas, se a voz for rouca e grave demais. Muitas vezes um profissional especializado deve ser procurado para orientar e/ou atender a criança, se necessário.
Especialistas indicam cautela no trabalho com a voz cantada, no sentido de se buscar repertório adequado, com exigências compatíveis ao desenvolvimento vocal e musical da criança. O instrumento está em desenvolvimento e necessita de treino adequado para continuar seu crescimento de maneira saudável. Os adolescentes podem precisar de atenção especial para lidar com o novo instrumento vocal e conseqüentemente com a nova voz. As estratégias que usava anteriormente na produção da voz cantada podem não funcionar depois da mutação.
Cantar em coral, é uma atividade muito saudável, estimula a socialização, a responsabilidade, a autocrítica e a auto-estima.
Os regentes devem ser bons modelos vocais e se possível, serenos na lida com estes pequenos cantores. O coro é o espelho do regente. Se o regente é ansioso, muito provavelmente atingirá seus cantores negativamente. Deve também ter cuidado com a própria voz, para poder cuidar da voz dos seus pequenos cantores.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Ilusão Musical

Ilusão Musical
Daniel Levitin

Imagine que você colocou uma fronha de travesseiro bem esticada na boca de um balde, e várias pessoas começam a jogar ali, de diferentes distâncias, bolas de pingue-pongue. As pessoas podem jogar quantas bolinhas quiserem e com qualquer freqüência. O seu trabalho é adivinhar, apenas olhando o movimento da fronha para cima e para baixo, quantas pessoas estão ali, quem são elas e se elas estão se aproximando de você, se distanciando ou estão paradas. Essencialmente, este é o problema com o qual o seu sistema auditivo precisa lidar quando usa o tímpano como a porta de entrada da audição.
O som é transmitido através do ar por moléculas que vibram em certas freqüências. As moléculas bombardeiam o tímpano, fazendo com que ele se agite para dentro ou para fora, dependendo da força com que batem no tímpano (relacionada ao volume ou à amplitude do som) e da velocidade na qual estão vibrando (relacionada àquilo que chamamos de altura [grave ou agudo]). Mas não há nada na estrutura das moléculas que possa dizer ao tímpano de onde elas vieram, ou qual delas está associada com qual objeto. Vozes podem estar misturadas a outras vozes ou ao som de máquinas, do vento, ou de alguém pisando no chão. Na maioria das vezes o som recebido pelo tímpano é incompleto ou ambíguo. Então, como o cérebro descobre, no meio dessa mistura de moléculas batendo contra uma membrana, o que está acontecendo no mundo?
A maioria das pessoas presume que o mundo é exatamente como mostra sua percepção. Entretanto, experimentos têm forçado pesquisadores, inclusive a mim mesmo, a confrontar a realidade de que as coisas não são bem assim. Aquilo que realmente ouvimos é o final de uma longa cadeia de eventos mentais que cria uma impressão – uma imagem mental – do mundo físico. Em nenhum lugar isso é mais impressionante do que na ilusão perceptiva na qual nosso cérebro impõe estrutura e ordem em uma seqüência de sons para criar o que chamamos de música.
A cadeia de eventos mentais começa com um processo chamado de "extração de características". O cérebro extrai da música características básicas e de baixo nível, usando redes neurais especializadas que decompõem o sinal sonoro em informações relacionadas à altura, timbre, localização espacial, intensidade, reverberação do ambiente, duração tonal e o tempo de ataque para diferentes notas (e para componentes tonais diferentes). Esse processamento em baixo nível de elementos básicos ocorre nas partes periféricas e filogenéticas de nossos cérebros. Depois, ocorre um processo chamado de "integração". Partes superiores do cérebro – mais freqüentemente o córtex frontal – recebem as características básicas das regiões inferiores e trabalham para integrá-las em uma percepção completa.
O cérebro enfrenta três dificuldades na "extração de características" e na "integração". Primeiro, a informação que chega aos receptores sensoriais é indiferenciada em termos de localização, fonte e identidade. Segundo, a informação sonora é ambígua: diferentes sons podem gerar padrões de ativação similares ou idênticos ao atingirem o tímpano. Terceiro, a informação sonora raramente é completa. Partes do som podem vir encobertas por outros sons, ou se perderem. O cérebro tem que fazer um cálculo estimado do que realmente está acontecendo no mundo. Assim, a percepção auditiva é um processo de inferência. E quando a origem do som é musical, as inferências incluem muitos fatores, que vão além dos próprios sons: o que veio antes deste trecho musical que estamos ouvindo; o que nos lembramos que virá em seguida, o que esperamos que virá em seguida, se conhecemos o gênero ou o estilo musical; e quaisquer outras informações adicionais que possamos ter, como o resumo que lemos da música, um movimento repentino de um artista ou um cutucão dado pela pessoa sentada ao nosso lado.
Portanto, o cérebro constrói uma representação da realidade, baseada tanto nos componentes do que efetivamente ouvimos, quanto em nossas expectativas do que achamos que deveríamos estar ouvindo. Existem boas razões para que o cérebro funcione assim – um sistema perceptivo que é capaz de restaurar informações perdidas pode nos ajudar a tomar decisões rápidas em situações de ameaça – mas isso não acontece sem desvantagens. As associações cerebrais, integradas nas partes superiores do cérebro, podem nos levar a uma percepção equivocada das coisas, através da reorganização de alguns dos circuitos nos processadores cerebrais inferiores. Isto é, em parte, a base neural para as ilusões perceptivas, como aquela demonstrada pelo psicólogo da cognição, Richard Warren, da Universidade de Wisconsin. Ele gravou uma frase: "O projeto de lei passou pelas duas assembléias legislativas". Depois cortou da fita uma parte da frase e colocou em seu lugar uma explosão de "barulho branco" (estática), de mesma duração. Praticamente todos que ouviram a gravação alterada disseram que ouviram, ao mesmo tempo, o resto da frase e a estática. Uma proporção grande de pessoas não pôde dizer quando a estática aconteceu, porque o sistema auditivo havia preenchido a parte da frase que estava faltando. Assim, a frase pareceu a eles como se não estivesse interrompida.
Este fenômeno de preenchimento não é apenas uma curiosidade científica. Compositores musicais exploram o mesmo princípio, sabendo que a nossa percepção de uma linha melódica irá continuar, mesmo que partes dela sejam obscurecidas por outros instrumentos. Esse fenômeno também acontece sempre que ouvimos as notas graves de um piano ou de um contra-baixo. Não estamos realmente ouvindo 27.5 ou 35 hertz, porque esse tipo de instrumento é incapaz de produzir energia suficiente para fazer soar essas freqüências ultra graves. Ao invés disso, nossos ouvidos preenchem a informação, dando-nos a ilusão de que a altura é tão grave. MÚSICA NA MENTE

A atividade musical envolve envolve quase todas as regiões cerebrais conhecidas e quase todos os subsistemas neurais
A audição da música começa com as estruturas subcorticais (abaixo do córtex) - o núcleo cloclear, o bulbo cerebral, o cerebelo - e então se move para cima, para os córtex auditivos, de ambos os lados do cérebro.
Ao acompanharmos músicas que conhecemos, ou que sejam de um estilo ao qual somos familiarizados, regiões adicionais são mobilizadas, incluindo o hipocampo - o centro da memória - e subseções do lobo frontal, particularmente o córtex frontal inferior.
Acompanhar o ritmo da música, quer em voz alta ou somente em nossa mente, envolve os circuitos de tempo do cerebelo.
A execução musical envolve os lobos frontais para o planejamento, o córtex motor na parte posterior do lobo frontal e o córtex sensorial, o qual fornece respostas táteis.
A leitura musical envolve o córtex visual, localizado na parte mais traseira do cérebro, no lobo occipital.
Ouvir ou lembrar-se da letra invoca os centros da linguagem, incluindo as áreas de Broca e Wernicke, bem como outros centros de linguagem nos lobos temporal e frontal.
As emoções que experimentamos em resposta à música envolvem estruturas que estão nas regiões instintivas do verme cerebelar e da amídala - o coração do processamento emocional no córtex.

A maioria das gravações contemporâneas contém outro tipo de ilusão auditiva. Nossos cérebros usam sugestões relacionadas ao espectro de som e os tipos te ressonâncias para dizer-nos sobre o mundo auditivo ao nosso redor, assim como um rato usa seus bigodes para aprender sobre o mundo físico que o cerca.
Engenheiros de som aprenderam a imitar essas sugestões com a intenção de inserir nas gravações uma qualidade de "mundo real", mesmo quando estas foram gravadas em estúdios sem qualquer reverberação. Reverberação artificial faz com que os sons de um vocalista ou de um guitarrista pareçam vir da parte de trás de uma sala de concerto, mesmo quando estamos ouvindo aquela música com fones de ouvido, quando o som está a apenas alguns centímetros de nossos ouvidos. Os mesmo princípios podem gerar truques sonoros, como aquele que faz com que um violão soe como se tivesse 3 metros de largura, e seus ouvidos estivessem exatamente onde onde fica a abertura acústica (boca).
Efeitos Especiais
Gravações musicais nos permitem experimentar outras impressões sonoras que nunca teríamos no mundo real. Engenheiros de som e músicos criam efeitos especiais que enganam nosso cérebro por simular circuitos neurais especializados em discernir características importantes de nosso ambiente auditivo. Por exemplo, nosso cérebro pode estimar o tamanho de um espaço fechado tendo como base a reverberação e o eco presentes no sinal sonoro que atinge os nossos ouvidos. Mesmo que poucos de nós consigamos compreender as equações necessárias para descrever como os ambientes são diferentes uns dos outros, todos poderíamos dizer se estamos em um banheiro pequeno e apertado, ou em uma sala de concerto de tamanho médio, ou em uma imensa igreja, com tetos bem altos. E podemos também dizer o tamanho da sala que um cantor ou um narrador está, quando ouvimos suas vozes gravadas. Engenheiros de som exploram essa habilidade para criarem o que chamo de "hiper-realidades", brincando com nossa percepção sonora de espaço de forma equivalente aos truques cinemtográficos, onde uma câmera é montada no pára-choque de um carro em alta velocidade.
Outra ilusão sonora envolve o tempo. Nosso cérebro é delicadamente sensível às informações sobre o tempo. Somos capazes de localizar objetos no mundo baseados em diferenças de apenas alguns milissegundos entre o momento da chegada do som em um ouvido, em relação ao outro. Muitos dos efeitos sonoros que gostamos de ouvir em músicas gravadas são baseados nesta sensibilidade. Os sons realizados pelo guitarrista de jazz Pat Metheny ou os de David Gilmour, do Pink Floyd, utilizam múltiplos atrasos de sinal, que são capazes de criar um ambiente etéreo e um efeito inesquecível, que acionam partes de nosso cérebro de formas que os seres humanos nunca experimentaram antes, simulando o som de uma caverna fechada com múltiplos ecos de uma maneira que nunca aconteceria no mundo real – é o equivalente sonoro do espelho do cabeleireiro, que repete imagens infinitamente.
Talvez a ilusão musical mais importante, todavia, é aquela relacionada à estrutura e à forma. Não há nada em uma seqüência de notas que possa criar a riqueza de associações emocionais que sentimos na música. Não há nada em uma escala, um acorde, ou uma seqüência de acordes que, intrinsecamente, nos leve a esperar uma resolução.
Nossa habilidade de dar sentido à musica depende da experiência e das estruturas neurais que aprendem sobre os sons e podem se auto-modificar a cada vez que uma nova canção ou um trecho musical são ouvidos, ou ainda a cada vez que ouvimos uma música que já conhecemos. Nosso cérebro aprende sobre um tipo de gramática musical que é específica de nossa cultura, assim como aprendemos a falar a língua do país em que nascemos. Esse fenômeno se torna a base para nossa compreensão musical e, finalmente, a base para o que gostamos nas músicas, qual música nos toca, e como a música nos toca.

terça-feira, 11 de novembro de 2008

O que é Musicoterapia?

O Que é Musicoterapia?

Cláudia Drezza Murakami


O que é musicoterapia?

“Musicoterapia é a utilização da música e ou seus elementos (som, ritmo, melodia e harmonia) por um musicoterapeuta qualificado, com um paciente ou grupo, num processo para facilitar e promover a comunicação, relação, aprendizagem, mobilização, expressão, organização e outros objetivos terapêuticos relevantes no sentido de alcançar necessidades físicas, emocionais, mentais, sociais e cognitivas.

A musicoterapia objetiva desenvolver potenciais e/ ou restabelecer funções do indivíduo para que ele / ela possa alcançar uma melhor integração intra e / ou interpessoal e, em conseqüência, uma melhor qualidade de vida, pela prevenção, reabilitação ou tratamento.” - Federação Mundial de Musicoterapia, 1996

Como funciona?

A Musicoterapia só pode ser realizada por um profissional graduado em Musicoterapia. Ela não é uma terapia alternativa como muitos pensam!! É uma intervenção terapêutica não-verbal, cujo objeto formal de estudo é o comportamento sonoro do indivíduo.

As sessões podem ser individuais ou em grupo, uma ou duas vezes por semana; tudo irá depender do objetivo proposto para o processo terapêutico. Antes de iniciar o tratamento, o paciente irá passar por algumas etapas de diagnóstico como:

· Entrevista inicial - onde obtemos informações para o tratamento sobre “a história sonora” do paciente e a “Queixa Principal”

· Ficha Musicoterapêutica - onde colhemos dados sobre o mundo sonoro-musical do indivíduo, desde sua vida intra-uterina, suas preferências e recusas sonoras e musicais

· Testificação Musical, onde colhemos dados da manifestação sonoro-musical do paciente (o paciente irá tocar ou manipular o instrumento como desejar e qual desejar)

· Teste projetivo sonoro musical - onde verificamos a reação do paciente em relação a determinadas músicas / sons, com significados simbólicos pré- estabelecidos. Também avaliamos as capacidades e habilidades corporais, motoras e cognitivas do paciente antes de concluir o diagnóstico inicial.

A musicoterapia também trabalha interagindo com diversos profissionais como: psicólogos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, etc.

Quais as doenças que o método pode curar?

A Musicoterapia, sendo uma terapia complementar, pode tratar várias patologias exceto a eplepsia musicogênica.

Veja algumas aplicações da Musicoterapia:

· Educação especial

· Reabilitação

· Psiquiatria

· Geriatria

· Obesidade

· Depressão

· Fobia

· Ansiedade

· Stress

· Patologias

· Dificuldade de aprendizagem

· Acompanhamento às mães e pais no pré-natal; método "mãe canguru"

· Estimulação essencial com bebês em escolas, creches e outras instituições

· Atendimento em escolas para crianças com T.D.H (hiper-atividade)

· Atendimento a deficientes mentais e sensoriais;

· A.V.C. (derrame)

· Clínicas e hospitais na área da saúde mental

· Assistência a deficientes em instituições de reabilitação

· Empresas como prevenção, favorecendo melhor desempenho dos funcionários

· Spas - auxiliando a redução de ansiedade.

Também serve para tratamentos psicológicos?

Sim, serve para tratamentos psicológicos. Porém nem sempre o foco é psicológico, vai depender da “queixa principal” do paciente.

Pacientes de qualquer idade podem fazer o tratamento?

Sim, podemos trabalhar com gestantes, bebês, crianças, adolescentes, adultos e 3ª idade.

Quanto tempo leva cada tratamento? É feito com medicamentos, dependendo do caso?

Cada tratamento é único, ou seja, o tempo de tratamento só irá depender do retorno que o paciente der ao musicoterapeuta nas sessões. Quanto à pergunta se o tratamento de musicoterapia é feito com medicamentos, a resposta é Não! O musicoterapeuta não está autorizado nem habilitado para medicar, se o paciente tiver que fazer uso de medicação deverá ser receitado por seu médico.

Como alguém se torna um musicoterapeuta?

Musicoterapia é uma área da saúde. Para atuar, é necessário formação superior. O curso de graduação em musicoterapia tem duração de 4 anos e pode ser encontrado, em São Paulo, nas faculdades FMU (Faculdades Metropolitanas Unidas) e FPA (Faculdade Paulista de Artes).

domingo, 9 de novembro de 2008

2 encontro de MT

MUSICOTERAPIA 2º Encontro Piauiense 22 de novembro de 2008 dia da música

  • Vídeos - Palestras - oficinas Local :sala de vídeo-Casa da Cultura 8h às 12 h/ 15 às 17 h Praça Saraiva-Teresina-PI Taxa inscrição:R$5,00 Inscrições 1 h antes do evento (8h) Reservas antecipadas por e-mail-nydiadoregomonteiro@yahoo.com.br FCMC-Praça João Luís Tel-Informações:3215-7820/8812-2428-88087228


  • 8:30 h-Exibição vídeo-O PODER DA MÚSICA-Narração Paul McCartney-Produção BBC-Londres(documentário musicoterapia)
  • 9:30 h- A trajetória da musicoterapia em um centro de Reabilitação em Teresina –PI-Mt Nydia do Rego Monteiro(trabalho apresentado encontro nacional de pesquisa-RJ)
  • 10:10h-pausa café
  • 10:20h- Musicoterapia com autistas-Mt-Karine Jericó-(monografia conclusão especialização UFPI)
  • 10:50h-Debate manhã
  • 11;10h-Oficinas práticas em musicoterapia-Mt Alcides Valeriano,MT Vanda Queiroz,MT Simone Assunção, Mt Eliete Quixaba
  • Tarde 15h-Vídeo-MUSICOTERAPIA –Fazendo a diferença-40 anos de musicoterapia-RJ-Brasil-produção-Marcelo Manga-AMTRJ.
  • 15:15 h-Musicoterapia e a prematuridade em UTI neonatal em decorrência da gravidez de alto risco-Mt Leila Santos (trabalho apresentado encontro nacional de pesquisa-RJ )
  • 15:45h-pausa café
  • 16 h-Musicoterapia na terceira idade-PTIA-UFPI-Mts Rejane Batista e Rodrigo Melo
  • 16:30 h-Musicoterapia em hospital (UTI- Aptos-enfermarias)-Mt Nydia do Rego Monteiro
  • 17h-Debates tarde
  • 17:15 h-Encerramento 17:20h-Oficina de percussão criativa para musicoterapeutas e convidados-Instrutor e luthier-Pedro Black